Artigo #2 – A arte de lidar com a imprensa acabou?

Nos anos 90, quando me formei em Comunicação Social, os futuristas previam: o rádio estava fadado a morrer, o jornal impresso contava os dias para o fim e quem trabalhava em assessoria de imprensa não era jornalista. Muito tempo depois, os cenários mudaram. Esses veículos estão por aí, cumprindo seus importantes papéis e, quando bem geridos e adaptando-se a novas realidades, compartilhando espaços com outros meios e se renovando. E quanto à polêmica sobre a função, não vale nem comentar.

 

O medo do novo é compreensível. Afinal, como resistir à internet, às redes sociais, ambientes muito mais atraentes visualmente e acessíveis até no celular? Se a própria mídia mudou, o mesmo não deixaria de ocorrer com o trabalho do jornalista, seja nas redações, seja nas agências de comunicação corporativa e, especialmente no nosso caso, nas assessorias de imprensa.

 

Com a pandemia, todos correram para se adaptar aos contatos virtuais, a entrevistas onde o que importa não é mais se a imagem é perfeita, se o cenário está organizado, se o terno e a gravata estão impecáveis, mas sim se a fonte e o conteúdo têm algo a acrescentar e podem auxiliar no entendimento dos fatos.

 

O que antes eram imperfeições ou até amadorismo, hoje são o retrato da vida como ela é. Afinal, fontes são pessoas e têm suas rotinas diárias. Basta ver que muitas entrevistas e entradas ao vivo em programas jornalísticos já viraram memes. É o filho que grita pela mãe, é o cachorro que vem deitar no colo do repórter ou dá uma cafungada na câmera… E vamos em frente, pois o que importa é a mensagem.

 

As redações já vinham ficando cada vez menores, e diante da impossibilidade de colocar muita gente no mesmo espaço, praticamente sumiram com a quarentena. Os jornalistas, assim como os clientes, passaram a trabalhar de casa. A assessoria de imprensa vive de contatos, de conhecer pessoas, de relacionamento, além, é claro, de conteúdo relevante. E aí, onde está o manual para lidar com isso?

 

Não existe fórmula, mas assessorias quem já tinham os contatos fortalecidos, seguiram fazendo seu trabalho. Celular, Whats app, e-mail têm sido as ferramentas para driblar essa distância. E tem dado certo! A pandemia mostrou que a atuação das assessorias se valorizou, pois encontrar uma boa fonte é tarefa árdua, que leva tempo e demanda disposição e paciência. Se você tem isso a oferecer, haverá alguém do outro lado interessado em te ouvir.

 

Por tudo isso, eu acredito que a arte de lidar com a imprensa não morreu, principalmente para as agências que fazem um trabalho ético e cuidadoso. Nós nos transformamos um pouco a cada dia. Hoje, como nunca antes, o contato com o jornalista deve ter sempre um bom motivo, uma pauta de interesse para a sociedade e recheada de dados. As pessoas estão com o tempo curto, sendo bombardeadas com todo tipo de informação. E preocupadas com o futuro.

 

Já em relação ao cliente, é importante reforçar a disponibilidade em atender o jornalista às vezes em horários mais estendidos, e a disposição em se informar e atualizar a todo momento. Ter algo a dizer dá trabalho!

 

Não seremos as mesmas pessoas depois da pandemia, e isso influi na forma de fazermos nosso trabalho. O assessor de imprensa seguirá criando pontes e vínculos, levando informação relevante do seu cliente à sociedade, por meio da imprensa. E os jornalistas nas redações já perceberam que as assessorias são um apoio precioso nesses tempos difíceis. Ainda que a distância física se mantenha por um bom tempo, a arte de lidar com a imprensa está viva. Como nunca!

 

Thais Abrahão é jornalista e diretora da Presstalk Comunicação

 

Quer falar com o seu cliente? Fale primeiro com a gente: contato@presstalk.com.br.

 

JUL/20

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